sexta-feira, 29 de abril de 2011

SUPLEMENTAÇÃO: CREATINA

CONSIDERAÇÕES ATUAIS SOBRE A SUPLEMENTAÇÃO COM CREATINA


Suplementação com creatina é amplamente utilizada por atletas em todo o mundo, sendo formada pelos aminoácidos arginina, glicina e metionina (1).

A síntese da creatina ocorre no fígado, rins e pâncreas, sendo que a suplementação com creatina é geralmente utilizada na forma monohidratada, podendo proporcionar aumentos em sua concentração no organismo (7).

A forma mais tradicional de se utilizar a creatina é começando com cinco dias de sobrecarga (20 g) diminuindo para 5 g nos dias subseqüentes (fase de manutenção)(7).

Entretanto estudos citam que a suplementação de creatina pode-se ser realizada de acordo com o peso corporal, iniciando-se com a fase de sobrecarga (0,3 g/kg) durante cinco ou seis dias seguido de uma fase se manutenção com 0,03 g/kg de massa corporal/dia (8). A creatina também pode ser ofertada ao organismo pelo consumo de alimentos de origem animais(1).

Atletas geralmente utilizam a creatina para o aumento da força, potência e massa muscular. Nesse sentido estudos comprovam que a creatina melhora as aptidões físicas relacionadas à força e potência, além de um possível aumento da massa muscular (6).

Essa melhora tem sido associada ao aumento do volume intracelular de água, que consequentemente aumenta o volume da célula, favorecendo o turnover protéico e promovendo uma maior síntese protéica. (1,2,5).

Porém a creatina pode trazer também um beneficio importante para atletas e pessoas que pratiquem alguma atividade física de alta intensidade. O que acontece é que muitos atletas realizam um alto volume/intensidade de treinamento semanal, o que pode ocasionar aumentos em marcadores de lesão e inflamação muscular.

Estudos têm demonstrado que a suplementação com creatina pode diminuir a concentração de alguns desses marcadores de lesão muscular como CK, LDH, prostaglandina-E2 (3,4).

Esses tais marcadores são utilizados como indicadores de estado de treinamento do individuo. Uma seqüência de aumentos desses marcadores associada a períodos insuficientes de descanso e um planejamento inadequado de treinamento pode prejudicar o sistema imunológico do atleta, acarretando a uma maior probabilidade de infecções virais e até mesmo um quadro de overtraining.

Como vemos a suplementação com creatina pode ir muito além de ganhos de força e massa muscular, e quem sabe novos benefícios não serão descobertos através de artigos científicos.

Bons treinos a todos e até a próxima.



Prof. Gustavo Barquilha
Mestrando em Ciências do Movimento Humano – Instituto de Ciências da Atividade Física e Esporte - ICAFE - Universidade Cruzeiro do Sul
Coordenador Cientifico do Simpósio Paulista de Educação Física e Esporte

Curriculo Lattes:

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4486235E6

Referencias
1 - Mendes RR, Tirapegui J. Creatina: o suplemento nutricional para a atividade física – Conceitos básicos. Arch Latinoamer Nutr. 2002; 52:117-27.

2 - Kreider RB. Effects of creatine supplementation on performance and training adaptations. Mol Cell Biochem. 2003; 244:89-94.

3 - Santos RVT, Bassit RA, Caperuto EC, Costa Rosa LFBP. The effect of creatine supplementation upon inflammatory and muscle soreness markers after a 30 km race. Life Sci. 2004; 75:1917-24.

4 - . Kreider RB, Melton C, Rasmussen CJ, Greenwood M, Lancaster S, Cantler EC, et al. Long-term creatine supplementation does not significantly affect clinical markers of health in athletes. Mol Cell Biochem. 2003; 244:95-104.

5 - Lawler JM, Barnes WS, Wu G, Song W, Demaree S. Direct antioxidant properties of creatine. Biochem Biophys Res Commun. 2002; 290:47-52.

6 - ALTIMARI, L.; OKANO, A.; TRINDADE, M. C. C.; CYRINO, E.; J Tirapegui. Efeito da suplementação de creatina sobre o trabalho total relativo em esforços intermitentes máximos no cicloergometro de adultos jovens treinados. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 42: 237-244, 2006.

7 - Harris RC, Soderlund K, Hultman E. Elevation of creatine in resting and exercised muscle of normal subjects by creatine supplementation. Clin Sci 1992; 83:367-74.

8 - Hultman E, Soderlund K, Timmons JA, Cederblad G, Greenhaff PL. Muscle creatine loading in men. J Appl Physiol 1996; 81:232-7.

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