quinta-feira, 30 de junho de 2011

AULAS DE AERÓBICA: ACADEMIA MEGA FORÇA

Aulas de Aeróbica
Dança e Step, Fitboll, AeroJump, Circuitos Abdominais, etc.

Horário:
Nas Quartas e Sextas-feiras
às 16:00 h

Veja as fotos:


























terça-feira, 28 de junho de 2011

Os efeitos da atividade física nos sintomas da síndrome da tensão pré-mentrual (TPM)

A Tensão Pré-Menstrual (TPM) é um conjunto de sintomas que acomete a grande maioria das mulheres nos dias que antecedem o início da menstruação. Esses sintomas incluem ansiedade, irritação, maior retenção de líquidos, diminuição da disposição física, etc.

As pessoas menos esclarecidas costumam considerar que a origem dessas manifestações seja psicológica, desconhecendo a enorme influência das variações hormonais da mulher nesse período do ciclo.

A importância que a ciência hoje atribui à esse quadro e suas implicações cresceu ultimamente na razão direta da participação cada vez maior da mulher em todos os setores sa sociedade moderna.

Recentemente, um estudo realizado no Estado de Connecticut, nos Estados Unidos, investigou os benefícios da atividade física regular sobre os sintomas da TPM. Essa pesquisa envolveu 216 mulheres de 18 a 45 anos de idade. As pacientes portadoras de TPM foram divididas em 3 grupos:

-
Grupo I: pacientes que mantinham o padrão de vida sedentário durante os 3 meses do estudo.
-
Grupo II: pacientes que iniciavam um programa de atividade física leve (caminhada) durante 45 minutos, 3 vezes por semana, durante 3 meses.
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Grupo III: pacientes que iniciavam um programa de atividade física moderada (caminhar acelerado) durante 45 minutos, 3 vezes por semana, durante os 3 meses.

Os resultados do estudo mostraram que as pacientes do grupo que mantinham os padrões de vida sedentária, continuavam a evidenciar os sintomas da TPM. Por outro lado, em todas as pacientes dos grupos II e III, ou seja, tanto as que realizaram atividade física leve quanto moderada, desapareceram ou diminuiram os sintomas da TPM.

A conclusão desse estudo nos leva a recomendar a atividade física tanto leve quanto moderada como um importante aliado para atenuar o desconforto e os prejuizos causados pelos sintomas da TPM na vida social e na produtividade da mulher. Essas evidências caracterizam mais um benefício da prática regular de exercícios para a saúde e o bem-estar.
Prof. Dr. Turibio Leite de Barros Neto

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Iniciação da criança no esporte

A prática regular de atividades físicas é uma necessidade para as crianças e uma fonte de incertezas para os pais. A vida nos grandes centros urbanos impõe enormes restrições à atividade física espontânea das crianças. Essas restrições acabam por induzir a hábitos extremamente sedentários. Tal tendência é alimentada pela verdadeira sedução das maravilhas oferecidas pelos video-games e computadores. Assim, torna-se eminente o risco de graves consequências para a saúde física e mental. Como interferir neste quadro?

A providência que sem dúvida revelará a preocupação e sobretudo o bom senso por parte dos pais será sempre o de estimular a criança para a prática de atividade física.
Devemos oferecer condições para a criança manifestar sua tendência natural e espontânea de liberar sua vontade de correr, pular, chutar, etc. Infelizmente, nas grandes cidades são cada vez mais raros os grandes quintais, os "campinhos" de futebol e os terrenos baldios de antigamente. Quantos de nós, pais, não temos lembranças inesquecíveis de uma infância de intensa atividade proporcionada pelo espaço físico adequado? Esse fato leva à necessidade da interferência dos pais para propiciar o espaço físico e o ambiente social adequados à prática da atividade física.

A interferência dos pais deverá ser a de proporcionar alternativas para substituir o que a cidade grande não oferece mais. Os centros esportivos, as praças, os parques, as escolas de esporte e outros locais adequados, devem sempre estar ao alcance das crianças. No entanto, tal interferência nunca poderá ser uma imposição, uma vez que o aspecto mais importante a ser respeitado para que o hábito seja adquirido é a vontade da criança. Com certeza sempre haverá uma proposta que será bem recebida. A preferência da criança deve ser respeitada. Se por alguma razão, por exemplo, ela não gosta de nadar, apesar de todos os benefícios da natação, devemos oferecer outras alternativas.

É oportuno também destacar os problemas eventualmente decorrentes da iniciação precoce em atividades competitivas. Não há na verdade contra-indicação para a prática esportiva de natureza competitiva para a criança mesmo em fase mais precoce. Os problemas aparecem quando programas de treinamento com exagero de sobrecarga são impostos com objetivos de melhora de desempenho em prejuízo da saúde.

Deve também ser preservado o aspecto psicológico, evitando-se a transferência para a criança de uma carga de responsabilidade quanto à obtenção de resultados. Nada pior do que o chamado "paitrocínio" levado às últimas consequências.

Assim como o adulto, a criança deve fazer esporte com prazer, desenvolvendo sua coordenação motora, sua saúde física e mental, e sua melhorando sua integração social.



Prof. Dr. Turibio Leite de Barros Neto

sábado, 25 de junho de 2011

Dietas Hiperprotéicas Causam Danos Aos Rins ?


Frequentemente ouvimos de fontes “não tão bem informadas” que dietas com alta ingestão de proteínas fazem mal aos rins. Mesmo que não seja o caso, considere o seguinte: todo mundo conhece aquelas famosas aulas de academia para queima de gordura: spinning, body jump, etc. Elas são ótimas para queimar calorias, manter o sangue o e oxigênio fluindo e são ótimas para o condicionamento do sistema cardiovascular. Então, no geral elas fazem bem, certo ?
Sim.
Exceto se você tem uma perna quebrada.
Se você está com a perna quebrada, eu iria sugerir que você não faça estas aulas até que o problema seja resolvido. Nestas circunstâncias, a tão famigerada aula de spinning que faz tão bem para uma pessoa normal seria muito estressante para a pessoa com uma lesão na perna.
Você acha que o fato da aula fazer mal para alguém com a perna quebrada significa que ela fez a pessoa quebrar a perna ?
Não. E da mesma maneira uma dieta hiperprotéica não casua danos aos rins. Se o seu médico diz que sim, peça gentilmente a ele que mostre os estudos que provam isso.(Eles não existem).  Dietas hiperprotéicas não são saudáveis para pessoas com doenças pre-existentes nos rins, da mesma maneira que a aula de spinning não é boa para alguém com a perna quebrada.
Alto consumo de proteína causa doenças nos rins ? Não.
A lenda frequentemente repetida pelos médicos de que dietas hiperproteícas causam doenças nos rins surgiu de um fato médico invertido. O fato de que a redução da ingestão de proteína(até certo ponto) diminuí o declínio da função renal em pessoas que já tem uma doença nos rins. O fato da restrição de proteína ser uma boa estratégia para quem tem doença renal gerou a ilusão de que o contrário também é verdadeiro – grandes quantidades de proteína provavelmente causarão danos aos rins.
De qualquer forma, não são as proteínas em sí que causam problemas, até mesmo para aqueles que já sofrem de algum problema renal:  a vilã é a proteína glicosilada. Estas proteínas são a causa do excesso de açúcar nas moléculas de proteína. Estas proteínas cobertas por açúcar são chamadas de AGES(Advanced Glycolated End-Products ) Estes AGES se unem formando moléculas ainda maiores, que são grandes demais para passar através do processo de filtração do glomérulo, que é uma rede de vasos sanguíneos que age como um filtro para as impurezas do sangue. Isto reduz significativamente as funções renais.
A alta ingestão de proteína provoca isto em pessoas saudáveis. Um estudo recente realizado pela Nurses´Health concluiu que “a alta ingestão de proteína não está associada ao declínio da função renal em mulheres com funções renais normais”. Outro estudo do American Journal of Kidney Diseases(Jornal Americano de Doenças Renais) mostrou que a ingestão de proteína não afetou as funções renais em homens saudáveis. E em um terceiro estudo feito pelo Internation Journal of Obesity comparou dietas com alta e baixa quantidade de proteína e não houve efeitos colaterais em rins adaptados para consumo de proteínas.
Se você não possuí doenças renais, uma dieta hiperprotéica não é um perigo para os rins. De qualquer forma, o ideal é fazer um check-up para garantir que você já não tenha uma doença não diagnosticada nos rins; se você não tiver,com certeza não desenvolverá apenas por estar seguindo uma dieta hiperprotéica.
Fonte: CharlesPoliquin.com
Traduzido por:  Hipertrofia.org

sexta-feira, 24 de junho de 2011

ANOREXIA¸ BULIMIA E BIGOREXIA

John aos finais de semana costumava levar sua namorada Sally ( modelo profissional¸ 1.78 de altura olhos azuis piscina e magríssima ) aos finais de semana para jantar nos melhores restaurantes de Birmingham na Inglaterra. Por lá refeições deste tipo são divididas em etapas.Uma entrada com pães¸ torradas e patê¸ sopa de legumes¸ o prato principal (algo como pato assado com batatas e vegetais)¸ torradas com queijos diversos e a sobremesa a seguir ( muffins ou chess cake com sorvete). John e Sally gastavam cerca de 2 horas para comer a sua farta refeição de fim de semana a um preço de aproximadamente 90 libras ( cerca de 338 reais ) acompanhado de vinho. Ótimo investimento¸ não fosse o costume de Sally após o término da refeição de¸ discretamente se direcionar ao toalete e em menos de 30 segundos vomitar voluntariamente tudo o que havia comido em 2 horas sem colocar o dedo na garganta. Sally retornava a mesa como se nada tivesse acontecido para um “chazinho digestivo”.
Em 6 meses de relacionamento John já havia levado Sally 3 vezes ao hospital com severa perda eletrolítica e a beira de uma parada cardíaca.Do outro lado da cidade de Birmingham¸ mora o Chef de cozinha Gary. Fisiculturista amador e obcecado por si mesmo¸ Gary está pronto a pagar qualquer preço para otimizar o seu desenvolvimento muscular. O mundo gira em torno de si mesmo em detrimento da esposa e do filho recém nascido. Tudo é o seu treino¸ suas refeições¸ seus suplementos e seu esteróides que não podem faltar. Apesar de já bem desenvolvido fisicamente Gary está constantemente se comparando com os atletas profissionais e se achando muito “pequeno”. Com o passar do tempo a sua esposa insatisfeita com o autocentrismo e a indiferença de Gary pela família resolve deixálo e viver sozinha com o filho. Gary na verdade sente um alívio¸ só acha falta mesmo das refeições religiosamente preparada pela cônjuge que já se fora.
Os nomes são fictícios mas as Histórias verdadeiras e refletem distúrbios diametralmente opostos mas correlacionados como estudaremos a seguir.A anorexia nervosa é uma doença caracterizada por muita perda de peso induzida ou sustentada pelo próprio paciente. O distúrbio afeta comumente garotas adolescentes e mulheres jovens¸ mas garotos adolescentes e homens maduros também podem ser afetados¸ como também pode afetar crianças se aproximando da puberdade e mulheres mais velhas próximas da menopausa. Apesar das causas da anorexia não serem totalmente esclarecidas existe uma crescente evidência de que a interação de fatores socioculturais e biológicos contribuem para a causa¸ uma espécie de combinação entre mecanismos psicológicos e vulnerabilidade da personalidade. O distúrbio é associado com subnutrição que acaba por resultar em alterações endócrinas¸ mudanças no metabolismo e em outras funções do organismo. À partir dai¸ sobram algumas questões a serem esclarecidas correlacionadas com diversas formas de comportamento tais como: opção pela restrição alimentar auto induzida ( anorexia )¸ excesso de exercícios físicos¸ vômito auto induzido ( bulimia) e conseqüente desequilíbrio eletrolítico.
Observem que a perda descontrolada de eletrólitos causa câimbras musculares e como o coração também é músculo a ocorrência de uma parada cardíaca pode ser eminente e fatal.Muitas garotas se preocupam em demasia com a sua aparência física. Elas acham que não se aparentam fisicamente como a sociedade gostaria. Estatísticas demonstram que 89% de garotas americanas se preocupam com isto o tempo inteiro. Na verdade os próprios meninos esperam que as garotas se pareçam com modelos de revistas.Este é um problema muito delicado pois estamos lidando com auto imagem e auto confiança.
Muitas vezes inocentemente podemos tentar afirmar que a pessoa não vale como ela se parece por fora e sim por dentro. Mas se fosse tão fácil assim porque tantas pessoas sofreriam com isto?Somos da opinião que a mídia tem uma grande parcela de culpa nisto ao vender imagem de mulheres perfeitas em revistas¸ só que a maioria são tratadas por computador e não representam a pessoa como ela realmente é¸ ou seja¸ são imagens irreais.Agora¸ se a mídia não tivesse tanta parcela de culpa assim¸ porque nossas avós não estavam preocupadas a tal ponto com a sua aparência e viviam de bem com estrias e celulite?Este distúrbio teve uma evolução mais drástica nos últimos 30 anos tendo como pano de fundo o padrão de beleza imposto “ser magra é ser bela e portanto feliz”. Este comportamento surgiu com os modelos Twiggy nos anos 60 e ganhou força nos anos 90 com a modelo magríssima Kate Moss. Muitas mulheres desejando muito ter um corpo esbelto e passam a travar um luta contra a sua própria natureza na ânsia de emagrecer¸ mesmo sem necessidade nenhuma.
Recentemente um interessante transtorno dismórfico diametralmente oposto a anorexia foi sugerido pelo Dr Eric Hollander da Escola de Medicina Monte Sinai em Nova Iorque. Nesta patologia¸ o paciente se preocupa com pequenos ou imaginários defeitos. A patologia foi denominada de bigorexia ( dismorfia muscular ). Os anoréxicos se consideram gordos não importa o quão magro estejam. Os bigoréxicos se consideram franzinos não importa o quão grande sejam.Uma forma exagerada de considerar que algo não esta bem parece estar correlacionado com disfunções químicas. Nestes casos o tratamento tem a ver com a manutenção dos níveis de serotonina no cérebro tal como na depressão.Se o nível de serotonina está baixo no cérebro¸ não é possível desligar a campainha mental que soa quando as coisas não estão bem e continua soando mesmo quando as coisas estão bem.
Observem que o culturismo pode ser muito saudável¸ mas as pessoas afetadas por esta disfunção acabam por deixar que o seu treinamento interfira nas relações familiares e com os amigos¸ no trabalho e na manutenção da saúde.Profissionais de Academias jamais devem sustentar sonhos impossíveis ou sacrificantes demais para as estruturas emocionais de certas pessoas. Devemos sim traçar um plano saudável para que controladamente possamos conduzir pessoas a conquistas de seus objetivos sem que percam a saúde física e mental.A conquista do sonho de um corpo “sarado” começa com uma mente saudável.Se as estruturas emocionais estiverem muito frágeis o encaminhamente para um profissional especializado ( psiquiatra ou psicólogo ) se torna necessário.
Este conteúdo foi extraído e adaptado do novo lançamento da Coleção Musculação Total – Treinamento para Mulheres.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

RECEITA HIPERPROTEICA: MINGAU ULTRA PROTEICO

Mingau Ultra Proteico

Ingredientes:
12 claras de ovos
1 gema
50g(meia-xícara) de farinha de aveia


Preparo:
Bata as 12 claras e gema no liquidificar junto com 50g de farinha de aveia, jogue tudo em uma uma panela com fogo alto. Aqueça e mecha com uma colher até que a misture ganhe consistência, tire do fogo e aproveite a sua refeição.

Valor Nutricional:
Proteínas: 45g (média arredondada)
Carboidratos: 33g (baixo índice glicêmico)
Fibras: 5g

Dicas:

Perfeita para consumir de manha, como primeira refeição do dia.

terça-feira, 21 de junho de 2011

A importância das PROTEÍNAS na dieta

Incontáveis vezes temos ouvido falar, ou lido em muitas revistas, que as proteínas são utilizadas para formar músculos. Não é hoje que vamos escrever alguma coisa diferente. Mas, centralizar apenas a esta função, é limitar a importância desse nutriente essencial.
Quando falamos de proteínas, estamos nos referindo a moléculas muito grandes, formadas por centenas de outras moléculas menores chamadas de aminoácidos. Assim, podemos de forma correta fazer uma comparação entre os tijolos que formam uma estrutura maior, por exemplo, uma parede.
Quando essas proteínas são consumidas com os alimentos (carnes, ovos, laticínios, feijões, entre outros alimentos), ou na forma de suplementos alimentares (proteínas do soro do leite, caseinato, albumina), na verdade, o que nós estamos proporcionando ao nosso organismos não são as proteínas, mas os aminoácidos: matéria-prima para que o corpo possa formar as suas próprias proteínas (falaremos daqui a pouco). Isto porque toda proteína que é consumida será digerida pelo sistema digestivo. Assim, a mesma será completamente desmanchada no intestino até seus aminoácidos constituintes, o que no nosso exemplo anterior seria como se demolíssemos a parede para reutilizar os tijolos que a formavam.
Os aminoácidos que resultam da digestão serão então, absorvidos e utilizados por todos os tecidos do nosso organismo e não apenas pelos músculos que exercitamos na malhação. Os aminoácidos, é claro, contribuirão para formar a nossa massa muscular, mas não esquecer que o mesmo bife consumido numa refeição, servirá também para fornecer aminoácidos que serão utilizados na formação de outras proteínas importantes no nosso corpo como: proteínas de defesa (anticorpos), proteínas de transporte (hemoglobina), hormônios (Hormônio do Crescimento, insulina), cabelo, unhas, enzimas, além de ajudar na formação ou reparação de outros tecidos corporais e do músculo esquelético, entre muitas outras funções.
É claro que, quando falamos de alimentos, podemos encontrar qualidades de proteínas. As proteínas provenientes dos alimentos de origem animal (carnes, ovos e laticínios) proporcionam uma melhor quantidade de todos os aminoácidos necessários para o organismo. Por isso, que estas proteínas são conhecidas como de Boa Qualidade, ou como as de maior valor biológico. Para poder melhorar a qualidade das proteínas dos alimentos vegetais (cereais, leguminosos), o melhor é realizar a combinação dos mesmos na mesma refeição, que aliás, o brasileiro já o faz todo dia: ARROZ COM FEIJÃO! Nos suplementos protéicos, fabricados a partir do leite ou do ovo, só encontraremos as proteínas de maior valos biológico.
Vamos com paciência, não pense que consumindo só as proteínas de boa qualidade os nossos músculos crescerão mais rápido, este é um processo lento. Portanto, continue a treinar e se alimentar corretamente que o seu corpo faz o resto.
ARTIGO ESCRITO POR:
Dr. José Peralta, nutricionista
Revista Performance Nutrition

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O Pior Mito na Musculação para Mulheres


O mito mais comum no treinamento com pesos feminino sem dúvidas é a crença de que levantar pesos pode causar um aumento de massa muscular indesejável ou “incontrolável”.  A realidade ? Mulheres simplesmente não tem hormônios suficientes para ganhar toda essa massa muscular. Ao contrário da maioria dos homens, as mulheres que tem como objetivo o ganho de massa muscular certamente sofrem para alcançar esta meta. Requer muita dedicação, dieta, treinos precisos e as vezes até uma ajuda química.
A verdade é que a massa muscular não vai  aparecer de uma hora para outra só porque você se arriscou a fazer musculação. As mulheres que simplesmente aceitam este mito sem questionar, estão perdendo os benefícios que o treinamento com pesos pode oferecer.
As mulheres que incorporam o treinamento com pesos na sua rotina conseguem um aumento de tecido muscular. Isto significa que quando você subir na balança o seu peso total estará maior. Mas não pare de ler!!! A questão é que massa muscular pesa mais do que gordura. Então se você ganha massa muscular, o seu peso total aumenta, porém não quer dizer que uma pessoa ficou mais gorda. Para quem não sabe os músculos são queimadores de gordura, o corpo gasta energia a mais para conseguir sustentar massa muscular e conseqüentemente a gordura é que tem que ir embora.
Quanto mais densos os músculos, mais calorias você queimará para mantê-los. Pesquisas afirmam que a cada 500 gramas de massa muscular ganhada, você queimara cerca de 50 calorias a mais por dia. Se você conseguir ganhar 2kg de massa, você estará queimando 200 calorias a mais, você estará perdendo peso sem fazer nada. É óbvio que para ganhar massa, você terá que treinar e se alimentar de acordo o que vai gerar uma perda de peso ainda maior.
Além de tudo, o treinamento de pesos é o que vai dar forma ao seu corpo, apenas perder peso não adianta nada, você ficará a mercê da sua genética. Do contrário a única coisa que escupirá o seu corpo é a musculação!

Conclusão
Chega de dar desculpas para não “puxar ferro” na academia, a não ser que você tenha uma genética absolutamente masculina e rica em testosterona você não vai ficar musculosa somente por se aventurar com os pesos. Se você quer esculpir o seu corpo e queimar gordura, você terá que treinar pesado como todo mundo.
Boa sorte!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Porque a mesma dieta não funciona para todos?

Muitas pessoas alegam que n�o tem condi��o financeira de pagar um bom nutricionista pois cobram 200, 300, 400 reais por consulta. Por�m dificilmente gastam menos do que 500 reais mensais em suplementa��o, em grande parte das vezes desnecessariamente e n�o t�m os resultados esperados

 

 

Revista online (newsletter)
Edi��o de junho de 2011
Renato Fran�aPor Dr. Renato França
CRN/1 5340
Nutricionista Funcional e Esportivo
Especialista em musculação e treinamento de força pela UnB
Diplomado pelo The Institute for Functional Medicine – EUA.


Frango, cenoura e br�colisPor que a mesma dieta não funciona para todos?
Não é incomum ver pessoas nas academias se queixando de estarem seguindo um plano alimentar dito como adequado e não estarem satisfeitos com o resultado. E ficam desapontados pois seu amigo ou conhecido que está seguindo o mesmo plano alimentar, tomando os mesmos suplementos e fazendo o mesmo treino, está tendo resultados excelentes no ganho de força, hipertrofia muscular ou emagrecimento. Aí vem o velho pensamento, deve ser minha genética que não é boa. É sobre isso que vou falar um pouco agora.
Na verdade a explicação vai um pouco além disso, pois o potencial genético são as características que estão nos genes de cada um de nós e que foram herdadas dos nossos ascendentes na árvore genealógica, nossos pais, avós, etc. Mas esse potencial genético só será realmente expresso, ou seja, a característica a qual nascemos predispostos a apresentar só será desenvolvida, de acordo com nossos hábitos de vida.
Ao longo da vida, de acordo com o stress a que somos submetidos, qualidade de sono, alimentação e prática de exercícios, podemos ativar ou silenciar determinados genes no nosso DNA e isso irá dizer se iremos desenvolver ou não determinadas características e doenças.
É aí que entra o conceito de individualidade bioquímica, que é seu estado metabólico atual resultante da interação do seu potencial genético com os fatores ambientais. Esse estado metabólico engloba concentração de hormônios, enzimas e neurotransmissores que irão resultar em efeitos na disposição no dia-a-dia, na qualidade do sono, no seu gasto energético diário, na saciedade, etc. Tudo isso em última instância resultará também em repercussões estéticas e na composição corporal, favorecendo ou não hipertrofia muscular e perda de gordura.
Seu estado metabólico pode variar ao longos dos anos influenciado por idade, stress, alimentação inadequada. Então para planejar o que será melhor para o seu objetivo deve-se ter na cabeça que o papel do nutricionista não é apenas avaliar seu gasto energético e montar uma plano alimentar adequado em termos calóricos e em relação a proteínas, carboidratos e gorduras.
Muitas pessoas alegam que não tem condição financeira de pagar um bom nutricionista pois cobram 200, 300, 400 reais por consulta. Porém dificilmente gastam menos do que 500 reais mensais em suplementação, em grande parte das vezes desnecessariamente e não têm os resultados esperados.
Um nutricionista competente não é aquele que passa a maior quantidade de suplementos ou os mais caros e sim o que embasa melhor a prescrição da dieta para aquele paciente específico de acordo com a realidade, inclusive financeira do paciente. Para isso deve ser feita uma entrevista detalhada com os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, avaliação da composição corporal e muitas vezes se faz necessária a solicitação de exames de sague para dosar hormônios e outros parâmetros que irão caracterizar como está o metabolismo do paciente. Por isso, na maioria das vezes seguir dietas e tomar suplementos alimentares sem orientação de um nutricionista, além poder trazer riscos à saúde, não levam a resultados satisfatórios.
Era essa a mensagem que gostaria de passar a vocês leitores do Fisiculturismo, que sei que com grande frequência tomam suplementos ou testam dietas que viram na internet ou ouviram de amigos nas academias.

Dr. Renato França CRN/1 5340
Nutricionista Funcional e Esportivo
Especialista em musculação e treinamento de força pela UnB
Diplomado pelo The Institute for Functional Medicine – EUA.

 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A importância do Ômega-3 na capacidade mental

O cérebro humano representa apenas 2% do nosso peso total, mas usa aproximadamente 20% do oxigênio consumido por todo nosso corpo quando está em repouso. Ele é um órgão complexo que só recentemente tem sido desvendado.

Você já sabe que os alimentos que comemos influenciam o nosso corpo. Mas o que você não sabe ainda é que eles podem ter muito mais do que uma simples influência no funcionamento do nosso cérebro.

O humor, a motivação e a performance mental estão intimamente ligados aos alimentos que ingerimos.Estudos mostram cada dia mais que algumas substâncias contidas em determinados alimentos podem aumentar a capacidade mental.
Mais de 20% do cérebro é constituído de substâncias gordurosas que desempenham importantes funções. A saúde do nosso cérebro depende não só da quantidade de gordura que ingerimos, mas principalmente do tipo de gordura.
A performance mental exige um tipo específico de gordura encontrado mais frequentemente em peixes, conhecidos como ácidos graxos Omega-3.
Os ácidos graxos Omega-3 são conhecidos por serem componentes fundamentais da membrana externa das células cerebrais. É através dessa membrana que todos os sinais nervosos fluem.
Então a presença de Omega-3 cria um ambiente ideal para a troca rápida de "mensagens" entre as células do nosso cérebro. Se o cérebro para de receber Omega-3, ele procura se adaptar a essa deficiência. Como consequência ele fica "preguiçoso" e as respostas passam a ser mais lentas. Quando esse comportamento é repetido dia-após-dia, o cérebro passa a encarar esse novo estado como sendo o seu novo padrão normal de funcionamento.
É aí que problemas de memória, alterações de humor e dificuldades de aprendizado podem se tornar frequentes.

Estudos mostram que o consumo regular de Omega-3 está ligado aos seguintes benefícios:

  • boa concentração;
  • boa memória;
  • motivação;
  • boas habilidades motoras;
  • boa velocidade de reação;
  • neutralização do stress;
As fontes principais de Omega-3 são os peixes de águas profundas e frias (salmão, atum, bacalhau, arenque, cavalinha, sardinha, truta) e os óleos de peixe.
Para quem não gosta ou não inclui os peixes ou os óleos de peixe no cardápio, as sementes de linhaça e o óleo de linhaça são as melhores alternativas como fonte de Omega-3.
Além de todos esses benefícios para o cérebro, o Omega-3 atua na redução dos níveis de triglicérides e consequentemente reduzir os riscos de doença do coração. Mas sobre isso é muitos outros benefícios falaremos no próximo artigo sobre ele.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

EXERCICIO E ENVELHECIMENTO

Investigar os efeitos da atividade física sobre o envelhecimento representa avaliar a possibilidade de o indivíduo ativo, principalmente na chamada "terceira idade", ter a expectativa de uma melhor qualidade de vida, e talvez retardar os efeitos do envelhecimento.

É preciso dizer que representa um consenso científico a idéia de que nunca é tarde demais para se iniciar um programa de atividade física. Torna-se uma providência obrigatória, principalmente nos indivíduos mais idosos, uma avaliação física criteriosa e uma adequada orientação para a prática de exercícios.

Um aspecto interessante é perceber que, na verdade, o indivíduo mais idoso pode se beneficiar com a prática de exercícios, até mais do que os indivíduos jovens.

A explicação para este fato é na realidade bastante lógica: nós sabemos que a inatividade física leva à uma regressão progressiva da capacidade funcional de diversos órgãos e sistemas do nosso corpo. Sem nenhuma dúvida, o sistema que mais se ressente da inatividade é o sistema muscular. Os nossos músculos literalmente atrofiam com a falta de uso. Um dos principais efeitos do envelhecimento é exatamente a perda de massa muscular. Assim sendo, no indivíduo mais idoso e sedentário, existe uma soma de efeitos determinantes da perda de massa muscular: idade e inatividade.

Isso acaba gerando um círculo vicioso extremamente prejudicial à qualidade de vida. O início de um programa de exercícios pode interferir nessa situação e, consequentemente, promover uma sensível melhora da capacidade física do indivíduo, em função de exercer seus efeitos numa situação muito mais séria do que no indivíduo jovem.

Por outro lado, a atividade física no idoso, desde que bem orientada pode prevenir um dos problemas mais graves do envelhecimento, a
osteoporose, principalmente nas mulheres.

Felizmente, os programas de atividade física na terceira idade têm cada vez mais se difundido na população, e podemos ter a expectativa de num futuro próximo observar os resultados inclusive na melhor capacidade de trabalho, produtividade, e sobretudo na auto-estima do idoso.



Prof. Dr. Turibio Leite de Barros Neto

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Creatina: novas evidências

Diversos estudos, incluindo duas meta-análises, demonstram que a suplementação de creatina pode promover ganhos de força e massa magra

Revista online (newsletter)
Edição de maio de 2011
Mauriti JúnioPor Mauriti Júnior (treinamento.junior@gmail.com)Personal Trainer
Tutor do Curso On-line de Musculação do Iniciante ao Avançado, Pós Graduado em Musculação e Treinamento de Força Pela UGF/RJ
Graduado em Educação Física Pela FURB/SC, Ex-Professor do IBES - Instituto Blumenauense de Ensino Superior (Disciplina Cineantropometria), Professor Convidado da AUPEX (Pós Graduação-Cineantropometria), Consultor Técnico do CDOF – Cooperativa do Fitness, Consultor Técnico do Portal Saúde Brasil, Vice-Coordenador do NEERP- Núcleo de Estudo em Exercícios Resistidos com Pesos



Creatina Novas Evidências.
A creatina é um dos suplementos alimentares mais consumidos entre os praticantes de musculação, e ao mesmo tempo é fonte de discussão em relação aos seus verdadeiros benefícios. Infelizmente o que temos visto nas academias é falta de informação por parte de alguns profissionais que insistem em prescrever tal suplemento sem a devida formação, ou simplesmente usam o argumento que a creatina causa “inchaço” muscular pela retenção de líquido, e, portanto não deve ser utilizada.
Obviamente que a prescrição deste e ou de qualquer outro complemento alimentar só deve ser realizada por profissional qualificado, neste caso um nutricionista com especialização em nutrição esportiva deve ser consultado para avaliar a real necessidade da utilização de suplementos alimentares. Já está bem documentado na literatura científica, que a creatina promove resultados positivos em relação ao ganho de força e aumento de massa muscular, as dúvidas são em relação aos mecanismos responsáveis pelo aumento do volume hipertrófico. Para esclarecer estes mecanismos, foi publicado em maio de 2010 um estudo de revisão na Revista Brasileira de Medicina do Esporte Vol. 16, No 3 – Mai/Jun, 2010. Efeitos da Suplementação de Creatina Sobre Força e Hipertrofia Muscular: Atualizações. Dos Autores: Bruno Gualano, Fernanda Michelone Acquesta, Carlos Ugrinowitsch,Valmor Tricoli,Júlio Cerca Serrão,& Antonio Herbert Lancha Junior. Os principais achados desta pesquisa estão descritos no texto abaixo.
A Creatina é uma amina de ocorrência natural (produzida naturalmente pelo organismo) sintetizada endogenamente pelo fígado, rins e pâncreas, a partir dos aminoácidos glicina e arginina. Pode também ser obtida via alimentação, especialmente pelo consumo de carne vermelha e peixes (em relação aos peixes, os de coloração vermelha como o Salmão são os que apresentam maiores teores). A produção endógena (1g/dia) somada à obtida na dieta (1g/dia para uma dieta onívora) se iguala à taxa de degradação espontânea da creatina e fosfocreatina sob a forma de creatinina, por reação não enzimática.
A creatina é encontrada no corpo humano nas formas livre (60 a 70%) e fosforilada (30 a 40%). Cerca de 95% é armazenada no músculo esquelético, sendo que o restante situa-se no coração, músculos lisos, cérebro e testículos.
Desde que foi demonstrado que a suplementação de creatina (20g/dia por cinco/sete dias) promove aumento de 20% nas concentrações de creatina muscular, diversos estudos passaram a investigar o efeito dessa suplementação no rendimento físico-esportivo. (vale ressaltar que alguns estudos questionam a necessidade da realização da saturação para obtenção de resultados. EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO AGUDA DE CREATINA SOBRE OS PARÂMETROS DE FORÇA E COMPOSIÇÃO CORPORAL DE PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO. Navarro e colaboradores, Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, Mar/Abril, 2007.
CREATINA: METABOLISMO E EFEITOS DE SUA SUPLEMENTAÇÃO SOBRE O TREINAMENTO DE FORÇA E COMPOSIÇÃO CORPORAL.
Carvalho e colaboradores Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, Janeiro/Fevereiro, 2009). Os efeitos ergogênicos da suplementação de creatina em atividades intermitentes, como o treinamento de força, são bem descritos. De fato, diversos estudos, incluindo duas meta-análises, demonstram que a suplementação de creatina pode promover ganhos de força e massa magra. Embora os efeitos ergogênicos da suplementação de creatina no treinamento de força sejam bem documentados, os mecanismos pelos quais essas adaptações ocorrem não são totalmente elucidados. A origem do ganho de massa magra, por exemplo, tem sido alvo de grandes discussões, já que é incerto se o fator responsável por essa adaptação se refere meramente a uma retenção hídrica ou a uma “verdadeira” hipertrofia. Recentes achados têm indicado que a suplementação de creatina pode alterar a transcrição de fatores miogênicos regulatórios, aumentar a eficiência de tradução protéica através da via hipertrófica PI3K-AKT/PKB-mTOR e controlar a ativação, proliferação e diferenciação de células satélites. Contudo, pesquisadores ainda divergem se a creatina per se é capaz de promover tais efeitos ou se a combinação ao treinamento de força é necessária.
Efeitos da suplementação de creatina na hipertrofia.
Vários são os estudos que evidenciaram maiores aumentos na massa magra em consequência da suplementação de creatina, combinada com o treinamento de força. Em meta-análise conduzida por Branch, dos 67 estudos que mensuraram a massa corporal, 43 reportaram aumentos na massa corporal total e/ou massa magra decorrentes da suplementação de creatina. Existem evidências suficientes para se afirmar que a suplementação de creatina acompanhada de treinamento de força resulta em aumentos de hipertrofia maiores do que aqueles vistos quando da suplementação ou treinamento isoladamente. Volek et al., por exemplo, evidenciaram que sujeitos que receberam suplementação de creatina durante treinamento de força de 12 semanas apresentaram maiores aumentos na área de secção transversa de fibras do tipo I, IIa e IIx em relação ao grupo controle, apenas treinado. Contudo, os mecanismos fisiológicos que explicam esse maior aumento da musculatura com a suplementação de creatina juntamente com o treinamento de força ainda não foram esclarecidos, entretanto existem muitas hipóteses sendo investigadas.
A seguir, discutiremos as recentes evidências sobre cada uma delas.
1. Efeitos da creatina sobre a retenção hídrica e balanço protéico
Talvez um dos primeiros achados fisiológicos atribuídos à suplementação de creatina tenha sido o aumento no volume total de água corporal. Por muito tempo, creditou-se apenas à retenção hídrica o notório ganho de massa magra e peso corporal decorrentes desse suplemento. Recentemente, contudo, tem sido especulado que mudanças nos conteúdos intracelulares (interior da célula) de água possam influenciar a tradução de proteínas contráteis. Berneis et al. foram os primeiros a fornecer importantes indícios que sustentam essa hipótese em humanos. Os autores submeteram homens saudáveis às três condições definidas como de hipo-osmolaridade, hiperosmolaridade e iso-osmolaridade extracelular e observaram que, no primeiro caso, houve maior aumento na síntese protéica do que nas outras situações. Esse achado foi atribuído ao “inchaço” celular promovido pelo meio extracelular hiperosmótico. Resta saber até que ponto a suplementação de creatina é capaz de alterar significativamente o balanço hídrico, a osmolaridade celular e, por consequência, o balanço protéico em humanos.
De fato, poucos estudos investigaram se a suplementação de creatina pode alterar o catabolismo ou a síntese de proteínas. Parise et al. demonstraram, através da técnica de infusão contínua de leucina marcada, que a suplementação de creatina durante cinco dias não afeta a síntese proteica, embora tenha reduzido o catabolismo protéico em homens. Louis et al. não observaram alterações na síntese e catabolismo de proteínas, após cinco dias de suplementação. O mesmo grupo falhou novamente em documentar possíveis alterações no balanço protéico quando da suplementação de creatina acompanhada de uma sessão de treinamento de força. Esses dados sugerem que a creatina per se, por um curto período, não altera significativamente o balanço protéico, mesmo quando combinada a uma única sessão de exercícios de força. Estudos futuros devem avaliar se a suplementação de creatina afeta o balanço protéico em longo prazo.
2. Efeitos da creatina sobre o volume de treinamento
Alternativamente, considera-se que a suplementação de creatina parece ter grande efeito sobre o aumento no volume de treinamento, como evidenciado nos estudos de Dangot et al., Volek et al. e Volek e Rawsom. De acordo com esses estudos, a creatina possibilitaria que o sujeito desempenhasse mais repetições com a mesma carga, o que poderia se traduzir em maiores ganhos de massa magra num programa de treinamento de longo prazo. Uma grande evidência que suporta essa hipótese vem do estudo de Syrotuik et al. Esses autores relataram que sujeitos que receberam creatina, mas que desempenharam a mesma carga absoluta que o grupo placebo (apesar de serem capazes de levantar maiores cargas), apresentaram as mesmas respostas para força e hipertrofia, indicando que os benefícios advindos da creatina são associados ao aumento do volume de treinamento. Dessa forma, esses estudos sugerem que os efeitos da suplementação de creatina sobre a hipertrofia são dependentes da capacidade desse suplemento em aumentar o volume de treino. (No contexto apresentado devemos considerar os princípios do treinamento esportivo em especial: O Princípio da Adaptação, O Princípio da Sobrecarga e O Princípio da Interdependência Volume-Intensidade).
3. Efeitos da creatina sobre a expressão gênica e ativação das vias de trofismo muscular.
Existem recentes evidências de que a creatina pode efetivamente influenciar a transcrição gênica. Safdar et al. demonstraram que a suplementação de creatina por 10 dias é capaz de elevar a expressão de inúmeros genes envolvidos na regulação osmótica, síntese e degradação de glicogênio, remodelagem do citoesqueleto, proliferação e diferenciação de células satélites, reparo e replicação de DNA, controle da transcrição de RNA e morte celular.
Por não terem encontrado aumento agudo na síntese protéica após a suplementação de creatina em estudos anteriores, Deldicque et al.) estabeleceram a hipótese de que a creatina poderia atuar em vias intracelulares que precedem os processos de síntese protéica, regulando-as em longo prazo. Os autores investigaram os efeitos desse suplemento na expressão gênica de IGF muscular (também conhecido como MGF), ativador da via PI3K-AKT/PKB-mTOR, e nas expressões gênica, protéica e fosforilada de p70s6k e 4E-BP1, efetores dessa mesma via. Em estudo cross-over, os sujeitos foram suplementados com creatina ou placebo e submetidos a biópsias musculares no repouso, 3 e 24h após sessão de treino de força para membros inferiores. Os pesquisadores verificaram que a expressão gênica de IGF-I estava aumentada no repouso, em consequência da suplementação de creatina. Além disso, observaram aumento na fosforilação do 4E-BP1 com a suplementação, após 24h. Deldicque et al., baseados no conjunto de seus dados, concluíram que a creatina pode atuar no crescimento muscular salientando o estado anabólico da célula, via IGF-I. Esse achado é corroborado por Burke et al. que verificaram aumento do conteúdo muscular de IGF-I como resultado da suplementação de creatina durante oito semanas de treinamento de força.
Além de atuar nas vias de hipertrofia, um recente estudo providenciou evidência de que a creatina pode atenuar os efeitos de corticosteroides na atrofia muscular em modelo animal. Os autores relembram que os mecanismos de indução de atrofia por corticosteroides não são completamente entendidos, mas pode envolver a diminuição de expressão do IGF-I. Baseando-se nos dados de Deldicque et al., Menezes et al.(43) e Burke et al.(21) é possível que a creatina atue tanto salientando a hipertrofia, quanto atenuando a atrofia, já que foi demonstrado recentemente que o IGF exerce controle superior de ambas as vias tróficas . Estudos futuros deverão investigar melhor essa possibilidade.
4. Efeitos da creatina sobre a proliferação e diferenciação de células satélite
Sabe-se que o núcleo da fibra muscular adulta não é capaz de sofrer mitoses, entretanto, o aumento do número de mionúcleos é necessário para a manutenção do domínio nuclear (volume de sarcoplasma pelo qual um mionúcleo é responsável pela síntese protéica) durante o processo de hipertrofia. Há diversos estudos afirmando que as células satélites (células quiescentes capazes de se diferenciar em fibras adultas) são as responsáveis por doarem seus mionúcleos à fibra muscular, mantendo o domínio nuclear e, assim, possibilitando a continuidade do processo hipertrófico.
Willoughby e Rosene (19) demonstraram que o treinamento de força combinado à suplementação de creatina é capaz de aumentar a expressão de fatores miogênicos regulatórios (da família MRFs, do inglês myogenic regulatory factors), como MRF4 e miogenina, parcialmente responsáveis pela proliferação e diferenciação de células satélites. Hespel et al. também relataram aumentos na expressão da MRF4 em indivíduos suplementados com creatina, embora não tenham encontrado alterações na expressão de miogenina.
Vierck et al. observaram aumento na atividade mitótica das células satélites de ovelhas suplementadas com creatina. Dangott et al. analisaram o efeito da suplementação de creatina sobre a hipertrofia muscular e a atividade mitótica das células satélites de ratos durante o processo de hipertrofia compensatória no músculo plantar de ratos (induzida pela remoção cirúrgica dos músculos sóleo e gastrocnêmio) e encontraram maior atividade mitótica no grupo suplementado. Olsen et al. verificaram aumento na área de secção transversa, no número de células satélites e mionúcleos em sujeitos suplementados com creatina e submetidos a treinamento de força. Segundo os autores, tais achados devem-se a já discutida ativação de MRFs mediada pela creatina.
Perspectivas e considerações finais
De acordo com Lemon, a grande limitação dos estudos que concluíram que a suplementação de creatina não promove hipertrofia é que a maioria deles empregou protocolos de curto prazo e sem treinamento de força. Espera-se que em um curto período de tempo surjam novos trabalhos investigando os efeitos da creatina combinados ao treinamen¬to de força por períodos mais prolongados (três meses em diante).
Além disso, graças ao advento da biologia molecular e o consequente avanço no detalhamento das vias de trofismo muscular, acredita-se que os mecanismos biomoleculares pelos quais a creatina exerça seu efeito ergogênico sejam bem descritos muito em breve.
Por fim, os consistentes dados presentes na literatura acerca do efeito ergogênico da creatina em atletas começaram, recentemente, a incentivar o uso terapêutico dessa substância em doenças caracterizadas por acometimentos musculares. De fato, alguns trabalhos já têm demonstrado melhoras clínicas e fisiológicas decorrentes desse suplemento em pacientes com miopatias inflamatórias e distrofias musculares. Uma excelente revisão sistemática sobre o tema foi recentemente publicada por Kley et al. Certamente, os efeitos terapêuticos da creatina emergem como um futuro e promissor campo de estudo.
Em conjunto, os estudos descritos nessa revisão sugerem que os ganhos de força e massa magra advindos da suplementação de creatina são consequências dos aumentos de retenção hídrica, expressão gênica e eficiência da tradução de proteínas relacionadas à hipertrofia, além da proliferação e ativação de células satélites. À luz da presente literatura, ainda não se pode afirmar com clareza se essas adaptações são ocasionadas por efeitos diretos da suplementação de creatina ou se são mediadas pelo aumento no volume de treinamento. Contudo, os efeitos da suplementação de creatina na promoção de ganho de massa magra e força são contundentes.

domingo, 12 de junho de 2011

INFORMATIVO URGENTE!!

PREZADOS ALUNOS

INFORMAMOS QUE EM VIRTUDE DO FERIADO DESTA SEGUNDA-FEIRA(13/06) A ACADEMIA NÃO ESTARÁ FUNCIONANDO.


AGRADECE A COMPREENSÃO
ACADEMIA MEGA FORÇA

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O aumento do número de lesões no futebol

Por que está aumentando tanto o número de lesões graves nos atletas de futebol?

Ultimamente, não passa uma semana sem que tenhamos um caso de lesão grave no futebol profissional. Quando a incidência sobe aos níveis que temos observado, torna-se necessária uma análise mais crítica do problema e uma discussão com posições mais corajosas sendo assumidas.

Os motivos a serem considerados como prováveis fatores determinantes certamente são vários. Entre estes podemos tentar destacar:

1 - O terrível "carrinho"
Grande parte das lesões, principalmente a grave lesão do ligamento cruzado anterior do joelho, a qual afasta o jogador de atividade por no mínimo 6 meses, tem no carrinho e na entrada por trás seus principais fatores determinantes. O carrinho é um tremendo perigo para o jogador. Apesar de ser uma jogada até certo ponto coibida, na nossa opinião, em respeito à integridade dos nossos craques, ele deveria ser absolutamente extinto do futebol. Não importa se o carrinho é frontal, lateral ou por trás. O risco de lesão grave é sempre presente. Se abolirmos o carrinho, temos certeza que o número de lesões será reduzido de forma dramática.

2 - O vigor físico maior dos atletas
O fato de a preparação física ter evoluído provoca uma consequência inevitável: se o campo tem as mesmas dimensões e os atletas correm cada vez mais, logicamente o número de choques aumenta. Os espaços úteis são diminuídos e o risco de lesões aumenta. Na medida em que "sobra" energia para os atletas, as entradas vão sendo cada vez mais rudes e violentas. Nesse sentido, o rigor do árbitro teria que aumentar de forma proporcional, o que infelizmente não acontece.

3 - A pressão da torcida
Um dos fatores que sem dúvida também contribui para o aumento da violência e do número de lesões é uma "contaminação" do atleta a partir de atitudes violentas e agressivas da torcida. Determinadas facções de torcidas organizadas parecem estar sempre cobrando dos atletas um empenho maior em termos de exigência física. Essa cobrança acaba por se transferir para um comportamento violento por parte de alguns atletas. Muitas vezes uma entrada violenta chega a ser aplaudida, gerando um clima que se aproxima mais de uma guerra do que de um esporte.

4 - O excesso de jogos
É claro que também o excesso de jogos aumenta a incidência de lesões. Talvez não diretamente nas lesões provocadas por trauma. Seu efeito, por incrível que pareça, se manifesta muito mais por desequilibrar emocionalmente o atleta, que fica privado do convívio social, do que por torná-lo mais vulnerável à lesões. O atleta que não pode ter uma vida sexual normal será um atleta mais violento.

Os motivos do aumento de lesões não param por aí. Poderíamos até continuar a levantar outros fatores determinantes. Mais importante do que isso é efetivamente fazer alguma coisa, tomar atitudes.

Se a violência continuar a aumentar nós vamos acabar com o talento, que é o valor maior do futebol.




Prof. Dr. Turíbio Leite de Barros Neto

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Efeito Ergogênico da Cafeína na Performance

A cafeína é uma substância sem valor nutricional, e não fornece energia apesar de muitos atletas sentirem esta sensação, é classificada como um estimulante do sistema nervoso central (SNC) e considerada um potente ergogênico nutricional. Derivada da Xantina (teofilina e teobromina) a cafeína está presente em vários produtos consumidos pela população mundial, como o café, chá, cacau, guaraná e alguns refrigerantes a base de cola. Recentemente, foi retirada da lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Anti-Doping (WADA), podendo ser consumida  por atletas sem restrição. 
Porém é importante ressaltar que doses elevadas em torno de 1000 mg de cafeína , podem  induzir a insônia,nervosismo,irritabilidade,ansiedade,náuseas e a desconforto gastrointestinal., podendo influenciar negativamente na performance do atleta.

A tabela 1 apresenta as quantidades de cafeína presentes em alguns produtos comerciais.
Produto
Porção (em mg)
1 Café (xícara 150 ml)
60,0
Chá Instâtaneo (150ml)  
28,0
1 lata de Coca Cola, Coca Diet (330ml) 
45,6
1 lata de Pepsi, Pepsi Diet (330ml) 
36,0
Chocolate em pó (30 gr)
26,0
Chocolate amargo –barra ( 30gr)
20,0

 

Nos últimos anos a cafeína têm sido alvo de inúmeros estudos envolvendo exercícios físicos, particularmente em atividades de média e longa duração.
Seu efeito ergogênico  sobre a performance tem sido demonstrado em estudos,  após a ingestão de doses  entre 210 mg a 420 mg. Pressupõe que a cafeína possua mecanismos de ação central e periférica que podem desencadear relevantes alterações metabólicas e fisiológicas, as quais melhorariam a performance como estimulante do sistema nervoso central (SNC) e exercendo efeitos na redução da fadiga.
 Dessa forma, tem sido proposto que a cafeína aumenta o metabolismo de ácidos graxos poupando a glicose , diminuindo a utilização  do glicogênio muscular e possibilitando a mobilização dos depósitos de gordura, utilizados como fonte de energia,permitindo maior resistência do corpo quanto a fadiga. Acredita-se que esse efeito, ocorre de maneira indireta por meio do aumento na produção de catecolaminas na circulação, particularmente a epinefrina, ou diretamente em ação oposta aos receptores de adenosina, um importante regulador do metabolismo lipídico. 
Ainda há relatos que a cafeína pode agir diretamente sobre o músculo, potencializando sua capacidade de realizar exercícios físicos de alta intensidade e curta duração, estabelecido assim pela ação sobre o retículo sarcoplasmático , aumentando a permeabilidade ao cálcio, tornando este mineral prontamente disponível para o processo de contração muscular.

Portanto, as evidências apontam que o consumo da cafeína em exercícios físicos, pode ser capaz de promover uma melhoria na eficiência metabólica dos sistemas energético e muscular durante o esforço, contribuindo para melhora da performance.

Referências Bibliográficas:
ALTIMARI,L.R.;MORAES, A.C.;TIRAPEGUI,J.;MOREAU,R.L.M.Cafeína e performance em exercícios anaeróbios. Rev. Bras.Ciências Farmacêuticas., v.42,n.1,jan/mar,2006.
ALTIMARI,L.R.;CYRINO, E.S.; ZUCAS,S.M.;BURINI,R.C. Efeitos ergogênicos sobre o desempenho físico. Paul.J.Phys.Educ.,v.14,n.2,p.141-158,2000.
ASHIHARA, H.; et al. Caffeine and related purine alkaloids: Biosynthesis,catabolism,function and genetic engineering. Phys. Elsevier.,v.69,p.841-856,2008.

HANSTER, P.D.;HORN,J.R.; Cytochrome  Enzymes and Drus Interactions, Table of Cytochrome P450 Substrates,Inhibitors,Inducers and P-glycoprotein,with Footnotes. In: The Top 100 Drug Interactions. A Guide to Patient Management., p.159-175,2007.

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